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Saiba como funcionava o esquema operado por Pacovan com prefeituras

Josival Cavalcante, o Pacovan
De acordo com informações de um dos investigadores envolvidos na Operação Jenga, desencadeada na manhã de quinta-feira pela Polícia Civil e que resultou na prisão do empresário e agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan; da sua esposa Edna Maria Pereira, familiares e outros empresários/laranjas (18 pessoas ao todo, até agora).

O policial explicou como funcionava todo o esquema operado por Pacovan para lavagem de dinheiro.
“Trata-se de uma operação deflagrada pela Polícia Civil, ‘batizada’ ‘Jenga’ (em referência ao joguinho de mesmo nome no qual peças de madeira formam uma torre e o jogador deve retirar peças da estrutura sem derrubar a torre), com o objetivo de desarticular uma Organização Criminosa que tinha como foco principal a lavagem de dinheiro.

Essa Ocrim, chefiada pelo empresário e agiota Josival Cavalcante da Silva, tem envolvimento da esposa dele e de outros familiares que aparecem como proprietários de empresas utilizadas na lavagem de dinheiro.

Pacovan montou uma rede de postos de combustíveis, em que ele aparece em algumas empresas como sócio-proprietário, juntamente com a esposa, familiares e outros ‘laranjas’ (a grande maioria), os quais eram utilizados para não vincular a movimentação financeira dessas empresas com a pessoa dele.

Como atua essa rede? Essa rede busca disfarçar a origem ilícita do dinheiro movimentado nas contas bancárias dessas empresas, dinheiro esse oriundo da prática da agiotagem e também do desvio de verbas públicas. O objetivo era evitar que os órgãos de fiscalização, tanto financeiros como policiais, pudessem detectar essa movimentação financeira ilícita.

Um gestor público firma um contrato de compra e venda de combustível com um desses postos, coloca no contrato o seu custo anual na faixa, por exemplo, na faixa de 3 milhões de reais; em cima desse contrato, que, na verdade é fraudulento, pois na prática não existe o fornecimento do combustível, o gestor passa a realizar transferências de um determinado município, de um determinado órgão para as contas bancárias dos proprietários desses postos de combustíveis. O Pacovan recebe esse valor, que aparece oriundo da venda de combustíveis – em tese, seria uma operação lícita, legal -, mas na verdade ele vai estar aí, numa parte, recebendo os valores do empréstimo, da agiotagem. E aí existe a possibilidade de algum valor ser devolvido também para o gestor, que, com isso, burla os mecanismos de fiscalização para estar tirando dinheiro da prefeitura.

Tudo isso está sendo investigado, mas a simples situação de Pacovan já ter diversas empresas registradas, algumas em seu nome e a maioria em nome de outras pessoas, como da esposa e familiares, já denota a intenção de estar maquiando e cometendo diversos crimes; crimes financeiros, contra a ordem financeira e também crimes contra a ordem tributária, com evasão fiscal, recolhendo a menor do que deveria, e uma série de outros crimes que acabam sendo ligados à prática da agiotagem. Já o gestor, a partir do momento que faz o desvio da verba pública, ele incorre em crime de corrupção ativa, corrupção passiva…

Essas movimentações financeiras atípicas de Pacovan e das empresas de fachada despertaram a atenção dos órgãos de fiscalização, notadamente do Coaf, que provocaram os órgãos policiais no sentido de que fosse investigada a origem desse dinheiro.

Além de postos de combustíveis, foi detectado que há empresas registradas para atuação na área da construção civil e outras que só existem de fachada mesmo, sem a compatibilidade de sua atividade com o quantitativo da sua movimentação financeira que era praticada nas respectivas contas bancárias.
Não obstante a maioria das empresas estarem em nome de ‘laranjas’, todas as provas apontam no sentido de que Pacovan era o administrador e grande operador desse esquema que movimentou cerca de 100 milhões de reais.

Daqui a pouco, às 15h00, em entrevista coletiva, a Secretaria da Segurança apresentará os presos recolhidos até agora e fornecerá à imprensa todas as informações sobre a Operação Jenga. (O Informante)

Veja a relação dos presos:

1 Samia Lima Awad

2 ThamersonDamasceno Fontenele

3 Simone Silva Lima

4 Josival Cavalcanti da Silva

5 Edna Maria Pereira

6 Rafaely de Jesus Souza Carvalho

7 Creudilene Souza Carvalho

8 Ilzenir Souza Carvalho

9 Adriano Almeida Sotero

10 Geraldo Valdonio Lima da Silva

11 Lourenço Bastos da Silva Neto

12 José EtelmarCarvalho Campelo

13Renato Lisboa Campos

14João Batista Pereira

15Kellya Fernanda de Sousa Dualib

16Manassés Martins de Sousa

17Jean Paulo Carvalho Oliveira

18 Francisco Xavier Serra Silva


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