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TOCANTINS: Ex-presidente de sindicato dos postos tem prisão decretada por morte de empresário

Eduardo Augusto Rodrigues Pereira é suspeito de mandar matar Wenceslau Leobas. 
Testemunhas teriam gravado ameaças feitas a mando de Eduardo.

Empresário é acusado de mandar matar dono de postos de combustíveis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Foi decretada nesta segunda-feira (10) a prisão de Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, o Duda. Ele é suspeito de ter encomendado a morte do empresário Wenceslau Leobas, que era dono de postos de combustíveis em Porto Nacional, na região central do Tocantins. Na época do crime, Eduardo Pereira era presidente do Sindicato de dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto) e foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pelo crime.

De acordo com a denúncia, Wenceslau Leobas, pretendia abrir um estabelecimento em Palmas. A intenção era praticar os mesmos preços do combustível vendido em Porto Nacional. Segundo a promotoria, estes valores são abaixo do que é praticado na capital.

O órgão disse que Eduardo Pereira teria procurado a vítima para propor um esquema de alinhamento de preços para anular a concorrência e aumentar a margem de lucro, mas o empresário teria rejeitado a proposta. Para os promotores, este foi o motivo que levou Pereira a encomendar a morte de Wenceslau.

De acordo com a delegado de Porto Nacional, Hudson Guimarães, Duda permanece foragido. Ele foi procurado em vários endereços em Porto Nacional, mas ainda não foi localizado.

No pedido da prisão, o MPE disse que recebeu gravações em que testemunhas são ameaçadas e recebem ofertas em dinheiro para mudar os depoimentos em favor de Duda. As ameaças teriam partido de um mensageiro do empresário e não teriam sido feitas pessoalmente. A prisão decretada é preventiva.

O crime

Wenceslau Leobas, morreu aos 77 anos, no dia 14 de fevereiro após ficar 17 dias internado. Ele foi baleado em Porto Nacional no dia 28 de janeiro, no momento em que saía de casa para trabalhar. No mesmo dia da tentativa de homicídio, dois suspeitos foram presos. A polícia disse que um deles chegou a confessar a participação no crime.

Os dois acusados de executar o crime Alan Sales Borges e José Marcos de Lima iriam a júri popular, mas José Marcos foi encontrado morto dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) na manhã do dia 3 de março deste ano.

No mês de junho do ano passado, o juiz aceitou a denúncia contra Duda. Ele é acusado de ser o mandante do crime. Segundo o promotor Abel, o processo contra o Duda corre separadamente. A audiência de julgamento dele já estava marcada para o mês de maio. Na época, Duda disse que estava sendo acusado injustamente.

Cartel

Eduardo Pereira também é investigado a respeito de um suposto cartel nos postos de combustíveis em Palmas. Duda é apontado como comandante do cartel. Em uma conversa telefônica gravada pela Polícia Civil, com autorização da Justiça, ele fala com Neizimar Cabral (a quem chama de Leidimar), chefe de fiscalização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) no Tocantins, e chega a ameaçar um dos fiscais. Durante a conversa, Cabral promete que irá mudar o fiscal.

Respostas

O empresário Eduardo Pereira disse, em nota, que não praticou crime algum e que não conhece os envolvidos na morte de Venceslau Gomes Leobas. Sobre a discussão com o fiscal do Inmetro, Pereira disse que questionou uma conduta que ele considera irregular por parte do instituto.

Em nota, a Agência Estadual de Metrologia, órgão delegado do INMETRO, informou que no dia da fiscalização mencionada nas gravações, o fiscal e seu auxiliar foram impedidos de realizar seu serviço e ameaçados publicamente. Informou também que não teve qualquer efeito a pressão feita por Duda, "como comprovam as autuações realizadas naquele mesmo período e as medidas de proteção aos seus fiscais tomadas pela AEM-TO".

Por fim, o órgão afirma que atitudes ameaçadoras aos fiscais não inibirão e nem paralisarão suas atividades e que o INMETRO "continuará fiscalizando todos os postos de combustíveis do estado, inclusive o do senhor Eduardo [Duda], com outra ou a mesma equipe de fiscalização conforme definido em escala de trabalho". (Com informações do G1TO)

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