Vereadores de Parauapebas são libertados
Odilon Rocha e José Arenes são acusados de fraude e porte ilegal de arma
Já estão em liberdade os vereadores de Parauapebas, no sudeste do Pará, Odilon Rocha (SDD) e José Arenes (PT), acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de envolvimento de fraudes e porte ilegal de armas, respectivamente. Eles estavam presos desde 25 de maio, no Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (Crecan), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará,. A liberação dos vereadores, após 41 dias detidos na unidade prisional, foi efetuada em cumprimento à determinação da Justiça, através de habeas corpus, para que eles possam responder ao processo em liberdade, informou a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). O empresário Edmar Cavalcante de Oliveira, também preso em operação do MPE, continua no Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo Penitenciário de Marituba.
Odilon Rocha ficou conhecido após a divulgação de um vídeo em que aparece afirmando que o salário de vereador de Parauapebas é insuficiente para se viver de forma honesta no município. A gravação dessa declaração foi feita na sessão do dia 24 de abril. O vereador Odilon Rocha cumpre seu quinto mandato na Câmara de Parauapebas. Por determinação da desembargadora Vânia Fortes Bitar, Odilon Rocha terá de se apresentar, de forma periodicamente, a um juiz em Parauapebas, e tem acesso negado à sede de órgãos da administração pública do município, em especial a Câmara de Vereadores e a Prefeitura Municipal.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE), os desvios de recursos públicos podem atingir mais de R$ 50 milhões. Foram apreendidos documentos relacionados a um esquema de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura. Segundo o MPE, o vereador Odilon Rocha está envolvido com fraudes em licitações ocorridas entre 2013 e 2014, quando atuou como 1º secretário da Casa. O vereador José Arenes foi preso por porte ilegal de armas, uma delas de uso restrito.
Como parte de “Operação Filisteus”, coordenada pelo MPE, foram presos Josineto Feitosa, suspeito de fraudar licitações na Prefeitura de Parauapebas; e o cunhado e assessor de Josineto, Herbert Herland Gomes, cuja prisão foi decretada pela Justiça e efetuada no último dia 3.


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